O ex-vice-ministro dos Transportes da Colômbia Gabriel García Morales foi
preso ontem (12) por suspeita de ter recebido US$ 6,5 milhões da
empreiteira brasileira Odebrecht em um esquema de corrupção relacionada a
uma obra no país em 2009.
Na Colômbia, a Odebrecht teria pago cerca de US$ 11 milhões em propinas
a funcionários do governo para conseguir contratos de construção civil
entre 2009 e 2014. "A Procuradoria tem evidências de que García exigiu o
pagamento de US$ 6,5 milhões para garantir que a Odebrecht fosse a
única empresa habilitada para a licitação do trecho dois da Rota do Sol,
excluindo outros competidores", disse a acusação.
Ele, que era responsável pelo Instituto Nacional de Concessões à época,
deve ser denunciado por corrupção passiva, enriquecimento ilícito e
prevaricação. Gabriel García Morales foi vice-ministro dos Transportes
do governo do de Álvaro Uribe (2002-2010). A investigação ainda está na
fase inicial e pode trazer à tona novos casos de corrupção com outros
servidores do país que receberam pagamentos ilícitos da empreiteira
brasileira.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu que o Ministério
Público acelere as investigações sobre os eventuais subornos. "Necessito
que investiguem se alguém do meu governo recebeu suborno para eu poder
metê-lo na cadeia o mais rápido possível", disse o mandatário, que
admitiu ter se encontrado com o presidente da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, na Cúpula das Américas, em 2015, no Panamá, em uma reunião
com investidores.
ANSA
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