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Delegado repassa mais detalhes sobre morte de detentos no presídio Romero Nóbrega.

A morte de dois detentos a tiros de arma de fogo dentro do Presídio Romero Nóbrega em Patos (fato registrado na quarta-feira, dia 04 de janeiro), teve grande repercussão, inclusive em nível nacional.


O fato dos presos estarem com uma arma dentro da unidade prisional, e fazerem uso da mesma para eliminarem seus desafetos, trouxe um olhar preocupante para na realidade violenta do Presídio da Paraíba.

O sistema prisional brasileiro vem passando por uma crise contínua que a cada dia mostra sinais de que a situação está fora de controle e favorecendo às facções criminosas dentro dos presídios. A superlotação e a falta de uma política eficaz de ressocialização são dois problemas que há tempos deveriam ter sido sanados, porém, mesmo o país tendo verba suficiente para isso, esses dois gargalos ainda persistem.

Como se não bastasse, um terceiro problema que agora começa a ganhar mais força são as facções que surgem dentro das penitenciárias em todo o Brasil, inclusive na região nordeste, devido à descentralização dessas redes criminosas.

O fato é que toda vez que surge uma nova crise penitenciária no país, ocorre também um espasmo de preocupação, mas logo em seguida o problema é deixado de lado. E o resultado, estamos vendo aí diariamente nos noticiários.

Morte de detentos em Patos
Na cidade de Patos, sertão do estado da Paraíba, a problemática não tem sido diferente. Na manhã de ontem, quarta-feira (04), dois detentos foram assassinados e mais dois feridos por arma de fogo, durante uma rebelião que teve início no momento da visita íntima dos apenados.

Aluísio Lopes Ferreira, vulgo “Aluísio dos Veados”, José Valdeir Cândido Rodrigues (Gordo), e Marcos André dos Santos Feitosa Filho estão sendo apontados como autores dos disparos que vitimaram fatalmente Darlan Alves dos Santos e Mailson dos Santos Nunes, além das tentativas contra Felipe Alves dos Santos e Danilo Silva Gomes.

Conforme repassou o delegado Diego Beltrão (delegacia de homicídio e entorpecente de Patos), os três acusados pertencem a facção E.U.A, a mesma dos presos mortos, ou seja, o primeiro motivo trata-se de uma disputa interna entre apenados da mesma facção. A segunda motivação está ligada a uma retaliação de um homicídio que ocorreu em novembro de 2016, vitimando um integrante desta mesma facção.

“Thiago dos Veados, líder dessa facção e até então juntamente com Aluísio dos Veados, foi indiciado como mandante do crime, tendo a ordem partido de dentro do presídio. Quando os demais presos ficaram sabendo, houve um racha entre eles dois, e o Aluísio se juntou ao José Valdeir, e a partir de então os dois passaram a disputar o comando do tráfico de drogas. As pessoas que foram executadas dentro do presídio eram ligadas ao Tiago dos Veados, e possivelmente estariam criando uma certa resistência ao comando de José Valdeir e Aluísio”, contou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, após a rebelião que causou as mortes na manhã de ontem, foi realizada uma operação pente fino entre os agentes do sistema penitenciário, inclusive com a presença dos policiais militares. Dentro da Cela 2 foi encontrado um revólver calibre 38 e doze munições intactas, que estavam dentro de uma tubulação de esgoto.

 Por Hélio Barbosa- Patos Online

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