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O Programa Municípios Sustentáveis do Amazonas, lançado hoje (8) em
Manaus, quer contribuir com a redução do desmatamento e das queimadas na
floresta amazônica, promover o reflorestamento de áreas degradadas, a
regularização fundiária, economia sustentável, entre outras ações.
A
iniciativa tem, atualmente, R$ 59 milhões em investimentos. Os
municípios que aderirem ao projeto e forem bem-sucedidos receberão um
selo de sustentabilidade.
O programa vai priorizar os sete
municípios da região sul do estado, que juntos concentram 75% do
desmatamento registrado no Amazonas. “O nosso desafio é conter o
desmatamento, não o provocado pelos produtores que estão lá há muito
tempo, mas está havendo a entrada de pessoas nesses municípios,
principalmente, em Lábrea, fazendo desmatamento de grandes polígonos e
saem de lá. A gente sempre não consegue o flagrante.
A gente quer
estabelecer um sistema de monitoramento, de fiscalização, com a
participação direta dos próprios municípios. Aí que vem a preparação
deles para nos auxiliar. Esse é um dos eixos do programa que a gene está
lançando”, disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Antônio
Stroski.
Foram assinados cinco termos de cooperação com diversas
instituições que vão contribuir com a preservação da floresta, entre
elas, o WWF Brasil. Segundo o coordenador do Programa Amazônia, da
organização não governamental (ONG), Ricardo Mello, a parceria reforça
as ações que já estão sendo desenvolvidas pela ONG no sul do Amazonas.
“Por
exemplo, o cadastro ambiental rural [CAR], uma iniciativa junto com as
prefeituras para implementar programas de restauração florestal,
remuneração de serviços ambientais. Essa iniciativa para nós vai ser um
grande benefício, porque é uma agenda proativa, consolidada com o estado
e vai possibilitar recursos e pessoas para aumentar a nossa
capilaridade de trabalho na Amazônia”, disse o representante do WWF
Brasil.
Ministério
O programa também vai
ter a cooperação do Ministério do Meio Ambiente. O ministro José Sarney
Filho participou da cerimônia e anunciou um investimento de R$ 2 milhões
para ações ambientais no estado. “A minha presença aqui no estado do
Amazonas faz parte de uma iniciativa do ministério que visa percorrer
todos os estados da Amazônia, conversar com os entes federados, os
municípios e os estados, apontar caminhos e soluções para que a gente
possa diminuir o desmatamento na região, ao mesmo tempo oferecendo
alternativas econômicas que possam viabilizar o desenvolvimento
sustentável com combate à pobreza e inclusão social”, disse o ministro.
A
parceria com o ministério também vai possibilitar o avanço das
discussões sobre o asfaltamento de parte da Rodovia BR-319, que liga
Manaus a Porto Velho, e é rodeada de unidades de conservação ambiental e
terras indígenas. “Agora a gente criou as condições não só para
desenvolver de forma sustentável as imensas riquezas que o Amazonas tem,
mas também criamos condições para tirar o Amazonas do isolamento. E a
BR-319 vem nesse bojo do desenvolvimento sustentável”, disse o
governador do Amazonas, José Melo.
O governo do Amazonas
apresentou ainda a Matriz Econômica Ambiental do Estado que prevê a
implantação de uma nova economia sustentável baseada na criação de
projetos que valorizam as riquezas naturais, como piscicultura,
fruticultura, fármacos, cosméticos, entre outros. “Estávamos em uma
situação em que não se podia fazer nada na Amazônia, mas agora tudo pode
desde que seja de forma responsável e sustentável economicamente.
Criamos um modelo em que as alternativas econômicas da nossa floresta
podem ser exploradas sem a degradação, gerando assim emprego e renda
constantes para a nossa gente”, disse o governador.
Edição: Fábio Massall
Bianca Paiva - Correspondente da Agência Brasil
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