População está saindo mais cedo de casa para evitar chegar atrasada no trabalho. Na quinta-feira (28), a Justiça decidiu manter o movimento dos motoristas e cobradores.
A última sexta-feira do ano começou com greve de rodoviários na Grande Vitória. É o quarto dia do movimento dos trabalhadores, que pedem reajuste de salário entre 7% e 10%.
Na manhã desta sexta-feira (29), foi possível ver longas filas nos
terminais e reclamações de que os coletivos não têm passado dentro dos
bairros. Alguns moradores, no entanto, relataram facilidade em conseguir
entrar nos ônibus nos terminais.
No Terminal de Itacibá, em Cariacica, a técnica de enfermagem Luciana
Angélica disse que teve que ir ao terminal caminhando, porque não tem
ônibus circulando no bairro onde ela mora, o Expedito. Ela contou ainda
que chegou atrasada todos os dias no trabalho.
Por volta das 6h, no Terminal de São Torquato, em Vila Velha, era
possível ver ônibus circulando, mas com longas filas. No local, alguns
moradores relataram a facilidade em pegar o coletivo.
Greve
A greve dos rodoviários começou à 0h01 desta terça-feira (26). A Justiça havia proibido a paralisação antes do Natal,
mas decidiu que ela poderia acontecer a partir desta terça, desde que
fosse cumprido o mínimo de 70% da frota em horário de pico e 50%, no
resto do dia.
A categoria cobra reajuste de salário entre 7% e 10% e já rejeitou 2%
proposto em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho. A GVbus, que
é o sindicato das empresas, diz que o pedido de reajuste é “absurdo e
acima da inflação”.
Justiça decide manter a greve
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) negou o pedido de suspensão da greve dos rodoviários na Grande Vitória, nesta quinta-feira (28).
O desembargador Marcello Mancilha entendeu que o pedido feito pelas
empresas seria equivalente a uma proibição de greve, o que contraria a
Constituição Federal.
O magistrado manteve a limitar do desembargador Jose Luiz Serafini, que
estipulou a porcentagem de circulação que deve ser cumprida pelos
grevistas.
Por G1 ES