Na
última sessão do semestre, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu negar nesta terça-feira (25) liberdade ao ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva enquanto não conclui a análise de um pedido de
suspeição do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro,
apresentado pela defesa do petista.
Por
3 votos a 2, os integrantes do colegiado rejeitaram proposta do
ministro Gilmar Mendes para que Lula ficasse em liberdade até a decisão
final sobre o habeas corpus.
A
sessão desta terça-feira foi interrompida assim que os magistrados
negaram a proposta de Gilmar Mendes. Não há data definida para a
retomada do julgamento.
O
pedido de liberdade que levanta suspeição aos atos de Moro na condução
do processo que condenou Lula começou a ser julgado pela Segunda Turma
em dezembro, mas foi interrompido antes de ser concluído. Na ocasião, os
ministros Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram contra o pedido para
conceder liberdade a Lula.
À
época, Gilmar Mendes pediu mais tempo para analisar o caso na hora em
que ia votar. Ele liberou o habeas para julgamento no dia 10 de junho,
seis meses depois de solicitar a suspensão. Além de Gilmar, ainda faltam
votar os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
O
pedido de liberdade que questiona o imparcialidade de Moro foi
apresentado pela defesa de Lula no ano passado, na ocasião em que o
então juiz responsável pelos processos da Lava Jato no Paraná aceitou o
convite de Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça.
A
defesa do ex-presidente questiona a atuação do atual ministro da
Justiça no julgamento do petista na primeira instância da Justiça
Federal pelo caso do triplex do Guarujá (SP).
Moro
condenou o ex-presidente da República a 9 anos e 6 meses de prisão por
corrupção e lavagem de dinheiro. Esse processo culminou na prisão de
Lula após a condenação ter sido confirmada em segunda instância em
janeiro do ano passado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4).
** Com informações do G1-
Fonte: Jornal da Paraíba
Fonte: Jornal da Paraíba