A
Secretaria de Estado da Saúde (SES) publicou, nesta segunda-feira (10),
o Boletim Epidemiológico das Arboviroses nº 4 (BE), referente à 17ª
Semana Epidemiológica (SE), até 1º de maio, que aponta um aumento
significativo no número de casos prováveis de dengue, chigungunya e zika
na Paraíba com relação à publicação anterior.
De
acordo com a técnica da SES responsável pelas Arboviroses, Carla
Jaciara, o boletim atual indica 1.671 casos prováveis de dengue,
enquanto o anterior apresentava 974. Já para a chikungunya, o desse mês
tem 1.342 casos e o BE nº 3 trouxe 961, e para a zika, a 17ª SE
apresenta 104 casos prováveis, enquanto o boletim anterior apresentava
40. Ela afirma que a crescente reflete no olhar diferenciado do
profissional de saúde, identificando as arboviroses.
“Sabemos
que a Covid-19 acaba mascarando esses sinais e sintomas. A
sintomatologia é bastante semelhante à das arboviroses, e acaba
confundindo. A SES continua fazendo o assessoramento e o monitoramento
junto aos municípios e suas respectivas Gerências Regionais de Saúde.
Este trabalho está sendo realizado de forma on-line, com
videoconferência, tratando sobre o manejo clínico das arboviroses”,
pontua.
Carla
Jaciara explica que, com relação ao mesmo período de 2020, houve
redução de variação significativa para os casos prováveis de dengue. Já
para os casos prováveis de chikungunya há um importante acréscimo de
436%, também comparados ao mesmo período do ano anterior. Para os casos
prováveis de zika, houve um aumento significativo de 136%. Até a SE 17
de 2021, houve três registros de óbitos suspeitos por arbovirose no
município de Campina Grande, Conde e João Pessoa.
A
técnica destaca também que, de acordo com o Guia Epidemiológico, o
vírus da dengue pode ser classificado em quatro sorotipos, sendo
conhecidos como: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Ela afirma que, neste
último boletim, foi possível identificar 15 casos de dengue tipo II na
Paraíba.
“Quando
a gente consegue coletar uma amostra em tempo oportuno, e fazer o
isolamento, conseguimos identificar esses casos. Está aí a importância
de estar sempre vigilante com relação ao acompanhamento e identificação
para a coleta em tempo oportuno dessas amostras sejam realizadas”,
observa.
O
combate ao mosquito é permanente e é importante lembrar que a população
precisa seguir mantendo os cuidados de sempre como eliminar criadouros
do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para o controle das arboviroses
dengue, zika e chikungunya. O boletim traz uma série de recomendações às
Secretarias Municipais de Saúde, tais como: manter ativa a vigilância
para notificação dos casos suspeitos; realizar coleta de material para
confirmação laboratorial de casos suspeitos e para o isolamento viral,
com intuito de identificar o sorotipo de dengue circulante.
SECOM
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