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Justiça Federal em Brasília absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho e outras cinco
pessoas acusadas pelo Ministério Público Federal de favorecer montadoras
por meio da edição da Medida Provisória 471 de 2009.
De
acordo com a decisão do juiz Frederico Botelho de Barros Viana, a
investigação não “demonstrou de maneira convincente” como Lula e
Carvalho “teriam participado no contexto supostamente criminoso”.
A acusação contra Lula teve origem na operação Zelotes e foi oferecida pelo MPF em 2017.
Segundo
o MPF, a empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos, que representava a
Caoa (Hyundai) e MMC (Mitsubishi do Brasil), teria oferecido R$ 6
milhões a Lula e Carvalho em troca da edição da MP 471, que prorrogou
incentivos fiscais a montadores instaladas nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-oeste.
No último mês de maio, a Procuradoria mudou de posição e solicitou a absolvição do petista.
“Embora
existam elementos que demonstrem a atuação por parte da empresa de
Mauro Marcondes, no que se refere à prorrogação de benefícios fiscais às
empresas CAOA e MMC, não há evidências apropriadas e nem sequer
minimamente aptas a demonstrar a existência de ajuste ilícito entre os
réus para fins de repasse de valores em favor de Lula e Gilberto
Carvalho”, concluiu o juiz.
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