Há dois anos, o Brasil viveu uma epidemia pelo Zika Vírus e a saúde pública viveu um desafio. Hoje controlado, este surto deixou marcas como a microcefalia. As crianças nascidas com a síndrome congênita pelo Zika Vírus continuam a ser assistidas pelo SUS.
Saiba mais:
O que é Microcefalia?
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.
Causas
Microcefalia é o resultado do crescimento abaixo do normal do cérebro da criança ainda no útero ou na infância. A microcefalia pode ser genética.
A microcefalia
normalmente é detectada nos primeiros exames após o nascimento em um
check-up regular. Contudo, caso você suspeite que a cabeça de seu bebê é
menor do que a de outros da mesma idade ou não está crescendo como
deveria, fale com seu médico.
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika vírus
e o surto de casos de microcefalia no nordeste do país em 2015. A febre
zika, ou simplesmente zika vírus, é uma infecção causada pelo vírus
ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya. Cada vez mais estudos tentam esclarecer a relação entre esses dois quadros.
Uma pesquisa publicada
na edição de setembro de 2016 no periódico científico Cell Host &
Microbe, explica que o Zika vírus seria responsável por atacar células
cerebrais fetais, conhecidas como células progenitoras neurais. Essas
células são essências para a formação dos ossos e da cartilagem do
crânio, por isso há uma má-formação craniana vista em bebês cujas mães
foram infectadas pelo vírus da Zika durante a gravidez.
Em novembro de 2016,
pesquisadores perceberam que a microcefalia causada pelo Zika vírus não é
apenas no nascimento. Alguns bebês de Pernambuco que nasceram com a
síndrome de Zika congênita identificadas em exames, mas sem alterações
no tamanho do crânio, acabaram por desenvolver gradualmente a
microcefalia posteriormente.
De acordo com o
Ministério da Saúde, as investigações sobre microcefalia e o Zika vírus
devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse
agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período
de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análises iniciais, o maior
risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Diagnóstico de Microcefalia
A microcefalia é
diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento da criança. O médico irá colocar uma fita métrica em
torno da cabeça e medir seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da
criança serão feitas durante os primeiros anos de vida e comparadas com
uma tabela padronizada a fim de determinar se a criança tem
microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.
Tratamento de Microcefalia
Não há tratamento
medicamentoso para a microcefalia que possa ser capaz de fazer a cabeça
da criança voltar ao normal. É orientado realizar terapias para melhorar
as habilidades da criança, como a fala. Portanto, o médico poderá
recomendar a fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de
tratamentos orientadas.
Prevenção
Se a causa da
microcefalia for genética é possível preveni-la. Por isso é importante
fazer o aconselhamento genético antes de engravidar.
Além disso, a melhor
forma de se prevenir não só a microcefalia, mas diversas outras
condições de saúde, é a realização do pré-natal durante a gravidez.
Dentre as recomendações médicas para prevenir a microcefalia também estão:
Não ingerir álcool
durante a gravidez: o consumo de álcool predispõe o bebê a diversas
doenças, como Síndrome do Alcoolismo Fetal e microcefalia.
Não utilizar
medicamentos sem a orientação médica: alguns medicamentos podem
interferir na formação fetal, inclusive causando uma má formação do
cérebro como a microcefalia. É importante que a gestante não tome nenhum
tipo de medicamento sem orientação médica.
Evitar contato com
pessoas com febre ou infecções: qualquer infecção pode dar alguma
alteração no desenvolvimento do feto, desde uma rubéola e
citomegalovírus, até a dengue, febre zika e febre chikungunya. Por isso é
importante evitar a exposição geral a doenças.
Entenda a relação entre microcefalia e Zika vírus.
Proteger-se da picada
dos mosquitos: como há a possibilidade da microcefalia ser causada pelo
vírus zika, que por sua vez é transmitido pela picada do mosquito Aedes
aegypti - além das complicações já sabidas nos casos de dengue, por
exemplo - uma das recomendações do Ministério da Saúde é evitar se expor
ao mosquito. O que pode ser feito eliminando os criadouros dele, ou
seja, retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente
locais de armazenamento, além do uso de repelentes indicados para
gestantes.
Assista o vídeo da TV Saúde
Fonte: Canal do MS no Youtube
Minhavida.com.br
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