No restante do mundo, existem relatos de apenas mais três outros casos
de cura: dois nos Estados Unidos, em 2004 e 2011, respectivamente, e um
outro na Colômbia, em 2008. Este último faleceu por outras causas
associadas após a cura.
Segundo o Ministério, o caso registrado no Amazonas teve o mesmo
protocolo de atendimento usado na cura do paciente de Pernambuco. O
adolescente Mateus Castro foi submetido ao protocolo de Milwaukee, com uso dos medicamentos Biopterina e Amantadina.
No entanto, a pasta informou que ainda não recebeu todos os relatórios
neurológicos do jovem amazonense, "de modo que não há como avaliar ainda
quais as condições e prognóstico de recuperação".
Entenda o caso
Dois irmãos de Mateus morreram em decorrência de raiva humana no ano passado. Os três contraíram a doença após ataque de morcegos na Zona Rural de Barcelos, município a 401 Km de Manaus.
Segundo o infectologista Antônio Magela, da Fundação de Medicina
Tropical (FMT), a diferença de Mateus para os irmãos pode ter sido a
internação precoce, logo após o aparecimento dos primeiros sintomas.
Mateus vai continuar em tratamento por pelo menos mais quatro meses.
Ele terá uma equipe multidisciplinar de reabilitação para tratar as
sequelas motoras e na fala. O jovem deu entrada na Fundação de Medicina
no dia 2 de dezembro, com sintomas de febre e formigamento nas mãos, e
saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na segunda (8).
A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que acomete
mamíferos, inclusive o homem, e é transmitida principalmente por meio da
mordida de animais infectados. Em 2017, foram cinco casos, sendo um em
Pernambuco, um em Tocantins, um na Bahia e três no Amazonas.
Fonte: G1 AM
0 Comentários