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Rio de Janeiro: Após rebelião, Forças Armadas participam de operação em presídio de Japeri

(Foto: Henrique Coelho / G1)
As Forças Armadas e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) fazem uma varredura na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, na manhã desta quarta-feira (21). O objetivo da ação é apreender materiais ilícitos ou cuja posse não seja autorizada.

A ação é baseada no decreto de Garantia da Lei e da Ordem para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública. 

As Forças Armadas participam do trabalho com o uso de cães farejadores e de especialistas em detecção de metais. Os agentes da Seap realizaram vasculhamento e varreduras táteis. De acordo com a secretaria, 380 homens participam da ação, sendo 100 inspetores da Seap, 30 integrantes do Grupamento de Intervenção Tática e cerca de 250 militares do Exército. 

“Inicialmente, precisávamos ver as condições de segurança da unidade e estávamos recebendo informações do nosso Sistema de Inteligência, que precisavam ser analisadas e processadas quanto aos indícios de existência de outros materiais que estariam escondidos em locais de difícil acesso às buscas. Por conta disso, decidimos contar com o apoio técnico e equipamento especializado do Exército, que prontamente nos atendeu. E tão logo, na segunda-feira já iniciamos o planejamento para a elaboração da ação”, esclareceu o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves. 

De acordo com a Defensoria Pública do Estado, os presos da unidade sempre fazem reclamações sobre as condições e superlotação do presídio. “Fomos surpreendidos com a notícia (da rebelião). Nós acompanhamos no local a negociação para entrega dos reféns e das armas. Colocaram fogo na parte administrativa da unidade, então não pudemos retomar o nosso trabalho lá. As reclamações que escutamos dos internos são as de sempre; é uma cadeia superlotada, que já chegou a quase 3 mil homens e é a cadeia que mais morrem internos no sistema penitenciário Fluminense”, disse Emanuel Queiroz, coordenador criminal da Defensoria. 

Ainda segundo a Seap, os militares não têm nenhum tipo de contato com os detentos, que sairão das celas previamente à medida que os pavilhões forem inspecionados. 

Na tarde de domingo (18), uma rebelião teve início no local após uma tentativa de fuga. Um total de 18 reféns – 8 agentes penitenciários e 10 internos – que ficaram em poder dos detentos foram libertados na madrugada de segunda-feira (19). 

Três armas, uma granada de efeito moral e uma lanterna, que estavam com os presos, foram entregues. Antes da libertação, o Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Seap entrou no presídio, e três detentos foram baleados. 


Fonte:  Por Henrique Coelho, G1 Rio

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