A ação é baseada no decreto de Garantia da Lei e da
Ordem para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública.
As Forças Armadas participam do trabalho com o uso de cães farejadores e
de especialistas em detecção de metais. Os agentes da Seap realizaram
vasculhamento e varreduras táteis. De acordo com a secretaria, 380
homens participam da ação, sendo 100 inspetores da Seap, 30 integrantes
do Grupamento de Intervenção Tática e cerca de 250 militares do
Exército.
“Inicialmente, precisávamos ver as condições de segurança da unidade e
estávamos recebendo informações do nosso Sistema de Inteligência, que
precisavam ser analisadas e processadas quanto aos indícios de
existência de outros materiais que estariam escondidos em locais de
difícil acesso às buscas. Por conta disso, decidimos contar com o apoio
técnico e equipamento especializado do Exército, que prontamente nos
atendeu. E tão logo, na segunda-feira já iniciamos o planejamento para a
elaboração da ação”, esclareceu o secretário de Administração
Penitenciária, David Anthony Gonçalves.
De acordo com a Defensoria Pública do Estado, os presos da unidade
sempre fazem reclamações sobre as condições e superlotação do presídio.
“Fomos surpreendidos com a notícia (da rebelião). Nós acompanhamos no
local a negociação para entrega dos reféns e das armas. Colocaram fogo
na parte administrativa da unidade, então não pudemos retomar o nosso
trabalho lá. As reclamações que escutamos dos internos são as de sempre;
é uma cadeia superlotada, que já chegou a quase 3 mil homens e é a
cadeia que mais morrem internos no sistema penitenciário Fluminense”,
disse Emanuel Queiroz, coordenador criminal da Defensoria.
Ainda segundo a Seap, os militares não têm nenhum tipo de contato com
os detentos, que sairão das celas previamente à medida que os pavilhões
forem inspecionados.
Na tarde de domingo (18), uma rebelião teve início no local após uma tentativa de fuga. Um total de 18 reféns – 8 agentes penitenciários e 10 internos – que ficaram em poder dos detentos foram libertados na madrugada de segunda-feira (19).
Três armas, uma granada de efeito moral e uma lanterna, que estavam com
os presos, foram entregues. Antes da libertação, o Grupo de Intervenção
Tática (GIT) da Seap entrou no presídio, e três detentos foram
baleados.
Fonte: Por Henrique Coelho, G1 Rio
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