As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad C), divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No fim do ano passado, O IBGE já havia liberado uma Pnad Contínua, mas com enfoque em dados sobre domicílios. Ela indicava que 63,3% das casas brasileiras possuíam acesso, além de mostrar a presença de TVs, telefones e geladeiras nos lares das pessoas.
O suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC),
divulgado nesta quarta, trata, por sua vez, informações como quantas
pessoas estão conectadas à internet e aparelhos mais usados para acessar
a rede.
Mulheres mais conectadas
Em 2016, a proporção de mulheres conectadas foi maior que a de homens:
65,5% delas tinham acesso, enquanto, o índice para eles era de 63,8%.
Considerando a faixa etária, os indivíduos com idade entre 18 e 24 anos
apresentavam a maior taxa de conexão: 85% deles estavam online. Já os
brasileiros com mais de 60 anos apresentavam o menor índice, de 25%.
As regiões Nordeste e Norte eram as únicas a apresentar taxas de
indivíduos conectados inferiores à média brasileira, de 52,3% e 54,3%,
respectivamente.
O Sudeste possuía o maior índice. Lá, 72,3% dos moradores tinham
acesso, enquanto no Centro-Oeste a taxa é de 71,8% e no Sul, é de 67,9%.
Celular
O celular continua a ser o principal aparelho para acessar a internet
no Brasil. Em 2016, o eletrônico era usado por 94,6% dos internautas, à
frente de computadores (63,7%), tablets (16,4%) e televisões (11,3%).
Segundo o IBGE, 77,1% dos brasileiros possuíam algum celular.
Usa para que?
A Pnad Contínua também levantou as finalidades com que os brasileiros
navegam na internet ou usam serviços conectados. A principal dessas
atividades, apontada por 94,6% dos internautas, é trocar mensagens (de
texto, voz ou imagens) por aplicativos de bate-papo.
Assistir vídeos (programas, séries e filmes) foi apontado por 76,4% dos
brasileiros conectados e superou as conversas por chamadas de voz ou
vídeo, indicadas por 73,3%.
Off-line
Ainda que 64,7% da população brasileira tenha declarado acessar a internet, há 63,3 milhões de pessoas que se mantêm off-line.
Três a cada quatro dessas pessoas disseram que o que as afasta é não
saber usar ferramentas online ou não ter interesse nisso. O serviço ser
caro era a justificativa dada por 14,3% dos desconectados.
2016 x 2015
Como é a primeira vez que o IBGE divulga dados da Pnad Contínua sobre
tecnologia e de acesso à internet, não é possível fazer uma comparação
histórica.
Relacionar alguns indicadores com o de outras pesquisas, no entanto,
pode sinalizar avanços e recuos tanto no acesso à internet quanto na
posse de eletrônicos no país.
Se a Pnad Contínua indica que o número de conectados chegou a 116
milhões em 2016, uma pesquisa anterior do IBGE, a Pnad, apontava que os
brasileiros online somavam 102,1 milhões, ou 57,5% da população, em 2015.
Enquanto dados da Pnad para 2015 mostravam que 78,3% dos brasileiros
tinham celular, a pesquisa divulgada agora indica que o contingente de
pessoas que são donas de um desses aparelhos é de 77,1%.
Por Helton Simões Gomes, G1
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