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Saúde: Veja como evitar leishmaniose; criança morreu na PB


Após a morte de uma criança de dois anos, vítima da leishmaniose visceral, mais conhecida como ‘calazar’, no Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, especialistas orientam sobre os cuidados para evitar a doença. De acordo com o superintendente do HUCG, Homero Gustavo, é possível reverter a enfermidade se ela for identificada cedo.

“Existe tratamento para a doença. Temos um outro caso de calazar aqui no hospital, mas amanhã o paciente recebe alta, porque já está bem de saúde. É preciso tratar o mais breve possível. A criança que morreu estava com febre há 30 dias antes de chegar ao hospital, então os pais tem que se atentar a isso”, explicou.

Homero Gustavo acrescenta que a doença é mais comum em áreas de alta vulnerabilidade social. “No ano passado, recebemos 24 pessoas com calazar no HU. Em 2016, foram 26”, disse. “A cura é possível, mas depende do estado da vítima ao chegar ao hospital”, finalizou.

Com as chuvas de verão, os mosquitos e pernilongos se multiplicam, o que pode causar o aumento de doenças como a leishmaniose e a leptospirose.

A transmissão da leishmaniose visceral ocorre quando o mosquito-palha pica cães e gatos infectados e, em seguida, um humano, ocasião em que transmite o protozoário. Portanto, a doença não é transmitida pelo contato direto entre animais domésticos e o ser humano.

“Deve-se diminuir o contato com águas empoçadas e situações como enchente. Proteger-se quando for limpar esgoto, colocar luvas, botas, tudo que favoreça a prevenção desse contato”, orientou a enfermeira Flávia Guerra.

De acordo com a Secretaria de Saúde da Paraíba, as ações de controle da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) consistem em três pilares principais:

 Inquérito canino, ou seja, a busca ativa dos reservatórios da leishmania. Em caso de encontrar o cão doente, todos os sororreagentes deverão ser eliminados de acordo com portaria do Ministério da Saúde;

 Inquérito entomológico, ou seja,  a pesquisa do vetor que é o mosquito transmissor da doença;

– Controle químico dos mosquitos transmissores, que é a borrifação do ambiente considerado foco.
“É importante informar que todos os municípios da Paraíba estão qualificados para realizar as etapas, e aqueles que precisarem de maiores detalhes poderão procurar as Gerências Regionais de Saúde a que pertencem para receberem as orientações devidas”, disse em nota.

O caso
Um menino de dois anos morreu, nessa quarta-feira (14), no Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, dias após ser diagnosticado com calazar. A criança, natural de Conceição, 

Sertão paraibano, estava internada desde o dia 2 deste mês. Ela foi diagnosticada com a doença no dia 5, após uma série de exames.

De acordo com o superintendente do hospital, Homero Gustavo, a criança passou dois dias na enfermaria e, em seguida, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido à evolução da doença. “O paciente faleceu por conta de insuficiência hepática, renal e respiratória. A situação dele já era grave quando ele chegou ao hospital”, informou o médico.

Portal Correio

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