O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda de 0,1%.
Dentro do setor de serviços, o destaque do trimestre ficou com o Comércio, que avançou 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também tiveram crescimento, de 2,1% e 1,6%, respectivamente.
O resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.
Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 2,5%, também como uma consequência positiva do setor de serviços.
Em 2023, o PIB cresceu 2,9% e somou R$ 10,9 trilhões, em termos nominais, o que voltou a colocar o Brasil no grupo das 10 maiores economias do mundo.
Crescimento do PIB é puxado por demanda interna
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, "neste trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna".
Sobre as atividades que se destacaram na composição do PIB do primeiro trimestre, Rebeca pontua "o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo".
Além disso, pela ótica da demanda, a especialista comenta que o consumo das famílias continua crescendo, como um reflexo da melhora no mercado de trabalho brasileira, das quedas na Selic, taxa básica de juros, da inflação mais baixa, e da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.
Rebeca explica que houve uma mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia nos primeiros meses do ano, em relação ao que foi observado nos anos anteriores.
"Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou", afirma.
Já a agropecuária, apesar de ter registrado crescimento no primeiro trimestre, "não está com um desempenho favorável como em anos anteriores, afetando as exportações de 24".
Fonte: G1
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