O parecer, concordando com pedido anterior feito pela Polícia Federal,
foi encaminhado ao relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Luiz
Edson Fachin. Caberá a ele decidir se a investigação será ou não
prorrogada.
Procuradas, as assessorias do Palácio do Planalto e do ministro Eliseu
Padilha informaram que não irão comentar o pedido. A reportagem
aguardava resposta de Moreira Franco até a última atualização desta
reportagem.
O caso se refere a um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014, em
que se teria acertado o repasse ilícito de R$ 10 milhões ao MDB. De
acordo os delatores da Odebrecht, teriam participado da reunião Eliseu
Padilha, o então presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, o
ex-executivo Cláudio Melo Filho, e o então vice-presidente Michel Temer.
De acordo com o depoimento de Cláudio Melo Filho ao Ministério Público
Federal (MPF), no encontro, Temer pediu “direta e pessoalmente” a
Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do MDB em 2014.
O repasse do dinheiro, segundo depoimentos dos delatores da Odebrecht,
seria uma forma de pagar pelos interesses da empresa atendidos pela
Secretaria de Aviação Civil, comandada entre 2013 e 2015 por Eliseu
Padilha e Moreira Franco, hoje secretário-geral da Presidência da
República.
Sobre esse assunto, o presidente já admitiu que houve o jantar, mas
sempre disse que não falaram de valores. Quando este depoimento se
tornou conhecido, o Palácio do Planalto divulgou nota informando que o
presidente Michel Temer “repudia com veemência” o conteúdo da delação de
Melo Filho.
Com G1





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