O Ministério da Saúde lançou dia (10) campanha informativa sobre
a febre amarela. Neste momento, a iniciativa será dirigida aos estados
do Rio Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais, com duração de um
mês. Em uma segunda etapa, a campanha deve ser estendida a outros
estados. Com o slogan “Informação para todos e vacina para quem
precisa”, a pasta esclarece quem precisa se vacinar em virtude do risco
de contágio da doença.
A campanha explica ainda que, em geral,
não há necessidade de vacinação de todos. A recomendação é para aqueles
que vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela. Nesse
caso, as peças orientam a pessoa a procurar a unidade de saúde mais
próxima para tomar a vacina.
As peças da campanha serão veiculada
em carros de som, spot de rádios, filmes para TV e mobiliário urbano,
como outdoor e cartazes nas paradas de ônibus. Haverá também mensagens
para redes sociais e para sites específicos de viagem, além de
encaminhamento de informações em aplicativos de mensagens como WhatsApp
para moradores das regiões de risco. Os cartazes e folhetos também
estarão disponíveis para os estados ou municípios que queiram reproduzir
este material.
Até o momento, a pasta registrou 70 mortes em
decorrência da doença nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São
Paulo. Essas localidades já confirmaram 215 casos da doença. No último
boletim divulgado pelo ministério, foram apontados 1.060 casos de
pessoas suspeitas de terem contraído a doença. Bahia e Tocantins também
têm casos em investigação.
Vacinação
De
acordo com ministério, a vacinação de rotina é oferecida em 19 estados
com recomendação para imunização. Também precisam se vacinar pessoas que
vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença:
leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, oeste da Bahia, além do
noroeste do Rio de Janeiro que está localizado na divisa com áreas que
têm registros de casos.
Atualmente, o esquema de vacinação da
febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças.
As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de
idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Dos seis
aos nove meses de idade incompletos – a vacina está indicada somente em
situação de emergência epidemiológica ou viagem para área de risco.
Para
adultos, que não tomaram as doses na infância, a orientação é uma dose
da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As
recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as
áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na área de
recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a
vacinação neste momento.
Quem perdeu o cartão de vacinação deve
procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o
histórico. Caso isso não seja possível, a recomendação é iniciar o
esquema normalmente. Portanto, pessoas a partir de cinco anos de idade
que nunca foram vacinadas, ou sem comprovante de vacinação devem receber
a primeira dose da vacina e um reforço, dez anos depois. Vale destacar
que a situação de saúde deve ser informada ao profissional de saúde,
para que seja possível avaliar se há contraindicação.
Contraindicação
A
vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos
acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até
seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas.
Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos,
epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o
benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o
risco de eventos adversos.
Outra recomendação é que a vacina para
febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina
tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra
viral (que inclui proteção contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em
atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da
tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para
febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a
situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e
agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias
depois.
Viajantes
Segundo o Ministério da
Saúde, os viajantes que forem para áreas com recomendação de vacina -
tanto estrangeiros quanto brasileiros – e que não completaram o esquema
de duas doses, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias
antes da viagem, tempo que a pessoa leva para criar anticorpos e ficar
devidamente protegida. Quem tomou a primeira dose há menos de dez anos
não precisa adiantar o reforço.
Edição: Maria Claudia
Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil
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