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RJ e SP: Com baixa adesão, campanha contra febre amarela vacina 19% do público-alvo

(Foto: Susan Hortas/Prefeitura Municipal de Santos)
Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro vacinaram 3,9 milhões de pessoas na campanha de vacinação contra a febre amarela até o momento, informou nesta quinta-feira (15) o Ministério da Saúde. O dado corresponde a 19,2% do público que deveria ser imunizado nos dois estados.

A previsão do Ministério da Saúde é vacinar 20,5 milhões de pessoas no Sudeste, sendo 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio de Janeiro. Esta é a campanha em que se adotou o uso da vacina fracionada. Os números incluem as aplicações fracionadas e inteiras. 

Segundo o boletim do órgão, Rio de Janeiro vacinou 1,2 milhão de pessoas (12% do público-alvo). Em São Paulo, 2,7 milhões receberam a imunização (26% do público-alvo). Minas Gerais ainda não encaminhou os dados ao ministério. 

Por causa da baixa procura da população pela vacinação, o estado do Rio decidiu prorrogar a campanha. Em São Paulo, a previsão para o término da empreitada era no próximo sábado (17), quando ocorre o Dia D de Mobilização. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado avaliará a necessidade de estender a imunização após essa data. 

A baixa adesão à campanha motivou o órgão a reforçar a importância da vacinação. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, alertou para a necessidade de ampliar a cobertura vacinal.

“Fazemos um apelo para que a população compareça às unidades de saúde. A campanha está pronta. É importante que a população compareça para que a nós alcancemos a cobertura vacinal prevista de acima de 90% nessas áreas onde as vigilâncias estaduais determinaram que deve haver vacinação de pessoas.” 

Na Bahia, a campanha de fracionamento da vacina começará na próxima segunda. O estado prevê imunizar 3,3 milhões de pessoas em oito municípios.

Infecções e mortes

O também divulgou o balanço atualizado dos casos e mortes por febre amarela no Brasil. São 407 casos confirmados da doença, sendo que 118 pessoas morreram devido à infecção no período de 1º de julho de 2017 a 15 de fevereiro de 2018. 

Até a última semana, o balanço era de 98 mortes e 353 casos. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 532 casos e 166 mortes, segundo o ministério. 

Os estados mais afetados são São Paulo e Minas Gerias, com 46 e 44 óbitos confirmados, respectivamente. O Rio de Janeiro detectou 27 mortes por febre amarela, seguido do Distrito Federal, com apenas uma pessoa. Minas Gerais ainda não encaminhou os dados atualizados ao ministério e, por esse motivo, os números podem mudar ao longo da semana. 

Um balanço estadual divulgado pelo governo mineiro nesta quinta indica que já foram 76 as mortes no estado.
 
Os dados sobre doenças infecciosas divulgados pelo governo federal podem diferir das informações dadas por governos estaduais porque leva um tempo para que os números sejam consolidados nacionalmente.

Sintomas da infecção

As primeiras manifestações da febre amarela são inespecíficas (já que podem ser confundidas com outras doenças). As pessoas atingidas podem apresentar, no entanto, febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias, mas a maioria das pessoas melhora após esse período, de acordo com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Já a forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. 

A doença é transmitida quando um mosquito pica um humano ou macaco infectado e, depois, com o vírus em seu organismo, volta a picar uma pessoa ou animal. 


G1 DF

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